Foto da mansão de Edir Macedo |
Este grande negócio se baseia em utilizar a fé das pessoas de maneira oportunista para convencê-las a venderem suas casas, seus carros e doarem seus salários pela construção do templo em troca de uma "bênção". E Edir Macedo, por acaso vendeu seus carros? Seus aviões particulares? Suas mansões banhadas em ouro? Se tivesse feito, ele, sozinho, já teria arcado com um Templo de Salomão e meio.
Aliás, convenhamos, Salomão não tem nada a ver com essa construção. Quem saiu faturando com ela foi a empreiteira paulista Sobrosa.
A Igreja Universal teve um rápido crescimento. Não é nenhum segredo que Edir Macedo ensina a seus pastores técnicas para arrancar dinheiro de seus fiéis. Uma das armas que ele utiliza é o racismo, dizendo que a Umbanda, a Quimbanda e o
Candomblé são "seitas demoníacas" responsáveis pelo subdesenvolvimento
do país e pelo uso de drogas. Tudo isso, evidentemente, para fazer com que o povo tenha medo da "concorrência". Outra arma é o machismo: ele teve a pachorra de recomendar a seus fiéis homens não se casarem com mulheres mais velhas "para não se deixarem influenciar por elas" e também que não se casem com mulheres de outras raças "para evitar o racismo". Ainda mais, o texto todo é escrito como se apenas os homens se casassem com as mulheres, como se as mulheres não se casassem com os homens.
Sua igreja também é responsável por enviar missionários homofóbicos pelo mundo (esta empresa está em mais países do mundo que o McDonalds). Vários povos nativos da África, por exemplo, tinham (e ainda têm) costumes que envolvem homossexualidade e transgeneridade. A grande "missão" declarada de Macedo é convencê-los de que isso é tudo "coisa do demônio". Não é diferente no Brasil, onde 1 LGBT é vítima fatal de crimes de ódio todos os dias e onde as travestis têm expectativa de cerca de 35 anos e Edir Macedo milita contra nosso direito à igualdade. A igualdade não interessa a um burguês bilionário porque ele lucra com a desigualdade.
Sua igreja também é responsável por enviar missionários homofóbicos pelo mundo (esta empresa está em mais países do mundo que o McDonalds). Vários povos nativos da África, por exemplo, tinham (e ainda têm) costumes que envolvem homossexualidade e transgeneridade. A grande "missão" declarada de Macedo é convencê-los de que isso é tudo "coisa do demônio". Não é diferente no Brasil, onde 1 LGBT é vítima fatal de crimes de ódio todos os dias e onde as travestis têm expectativa de cerca de 35 anos e Edir Macedo milita contra nosso direito à igualdade. A igualdade não interessa a um burguês bilionário porque ele lucra com a desigualdade.
Recentemente, a Universal lançou um texto ainda mais bizarro. O título já diz tudo: "O que vestir para ir ao Templo de Salomão? - Confira dicas do que usar e não usar neste dia especial". Esse é um texto parecido com um artigo numa revista de moda, voltado especificamente às mulheres, apelando para o estereótipo feminino. Isso já demarca o caráter do próprio templo: um lugar de gente "elegante", um edifício turístico para fazer propaganda de sua igreja, onde as pessoas que têm algum dinheiro possam visitar e gastar seus cartões de crédito (seja na visita, seja depois na forma de doação para o Edir).
Esse templo está longe de ser um lugar para as pessoas mais pobres, exploradas e oprimidas do país. Será que as travestis vão sequer conseguir entrar?